PALMA DE OURO: WINTER SLEEP, dirigido por Nuri Bilge Ceylan
GRAND PRIX: LE MERAVIGLIE, dirigido por Alice Rohrwacher
DIREÇÃO: Bennett Miller, por FOXCATCHER
PRÊMIO DO JÚRI: MOMMY, de Xavier Dolan; e AUDIE AU LANGAGE, de Jean-Luc Godard
ROTEIRO: LEVIATHAN, de Andrei Zvyagintsev
INTERPRETAÇÃO MASCULINA: Timothy Spall, por MR. TURNER, de Mike Leigh
INTERPRETAÇÃO FEMININA: Julianne Moore, por MAPS TO THE STARS, de David Cronenberg


Luiz Carlos Merten: "O júri presidido por Jane Campion pode não ter repetido a ousadia do de Steven Spielberg no ano passado, mas fez escolhas coerentes, se não totalmente acertadas."

Blog do Bonequinho: "Drama intimista que aos poucos revela a fragilidade das relações entre um ator aposentado, dono de um hotel na Capadócia, sua jovem mulher, sua irmã e a comunidade em que mora, “Winter sleep”, de Nuri Bilge Ceylan, venceu a Palma de Ouro do 67º Festival de Cannes, encerrado no início da noite deste sábado (24)."




COMPETIÇÃO OFICIAL
SILS MARIA
 (França, 123 minutos)

O que é: novo filme do diretor francês Olivier Assayas, que compete pela quarta vez na competição oficial de Cannes. O filme retrata os bastidores de uma produção cinematográfica, com Juliette Binoche vivendo uma atriz que teve um sucesso consagrador quando ainda era uma jovem e é convidada a participar da refilmagem deste filme, onde tem de lidar com uma nova estrela em ascensão repetindo o papel que foi dela no passado.

Como a crítica reagiu:

In Contention: "Os fantasmas de "A Malvada" e "Noite de Estreia" assombram positivamente o filme de Olivier Assayas - uma comédia melancólica, aparentemente há apenas alguns degraus de se chamar "Quero Ser Juliette Binoche".

Indiewire: "Na melhor das hipóteses, um amontoado de prazeres transitórios, 'ils Maria' caminha por entre picos e vales  com temas interessantes, mas que não deixa nenhuma impressão duradoura sobre eles".



Adoro Cinema: "Bem atuado, Clouds of Sils Maria desperta uma certa curiosidade justamente por contrapor uma atriz notoriamente celebrada por suas boas interpretações, como Binoche, com outra que despontou em um destes fenômenos pop debatidos pelo próprio filme, como é o caso de Stewart. Entretanto, o filme jamais consegue ir além do que a mera troca de ideias sobre o cinema contemporâneo, sendo apenas interessante."




COMPETIÇÃO OFICIAL
LEVIATHAN
(Rússia, 141 minutos)


O que é: quarto filme do diretor russo Andrei Zvyagintsev, a primeira vez dele na competição oficial de Cannes. e sua ação se passa numa península no mar de Barents, contando a história de um homem que luta contra um prefeito corrupto que tomar sua propriedade privada.

Como a crítica reagiu:

The Telegraph: "Desde que Leviathan anunciado na competição oficial de Cannes, todo mundo sabia que seria um grande filme. E, Deus, ele é: na medida certa, convincente, cheio de grandes temas, ostentando uma fotografia riquíssima e o trabalho de direção mais magistral do festival."

The Guardian: "O filme mais recente de Andrei Zvyagintsev é um forte concorrente à Palma de Ouro: uma mistura de Hobbes, Chekhov e a Bíblia, cheio de imagens extraordinárias e simetria magnífica".


Cineweb: "Zvyagintsev fez um filme forte, cheio de camadas, com muitas qualidades e alguns furos. Não parece com cheiro de Palma e sim, se premiado, alguma coisa como roteiro parece mais viável."






COMPETIÇÃO OFICIAL
JIMMY'S HALL
 (EUA/Irlanda/França, 106 minutos)

O que é: novo (e anunciado como último) filme do diretor Ken Loach, que já venceu uma Palma de Ouro. Narra a história de Jimmy Gralton, que depois de dez anos exilado nos EUA, volta à Irlanda para ajudar a mãe e cuidar da propriedade da família.

Como a crítica reagiu:

Variety: "Um trabalho engraçado, comovente, e acima de tudo original do 'enfant terrible' canadense Xavier Dolan".

UOL Cinema: "Seu novo filme, "Jimmy's Hall", foi bastante aplaudido ao final da sessão -o público até acompanhava com palmas a música irlandesa que toca nos créditos finais."

Luiz Carlos Merten: "Passei quase duas horas muito boas com Jimmy, o personagem. O ator Barry Ward é ótimo, com seu charme viril. Possui uma cena linda. De volta do primeiro exílio – não houve regresso do segundo -, ele reencontra a mulher que nunca deixou de amar. Ela se casou, tem dois filhos, e também nunca deixou de amá-lo. Participa da luta – está sendo um festival de mulheres fortes e lutadoras, Maria do Rosário Caetano gostará de saber disso -, mas permanece fiel ao marido. Numa cena, Jimmy e ela dançam. É o mais próximo que conseguem estar. E é – as cena – um dos grandes momentos deste festival."




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MOMMY
(Canadá, 134 minutos)

O que é: quinto filme do diretor mais novo que compete este ano no Festival, Xavier Dolan, de 25 anos. A trama mostra a relação entre um adolescente que sofre graves distúrbios de hiperatividade e sua mãe, vivida pela atriz Anne Dorval.

Como a crítica reagiu:

Variety: "Um trabalho engraçado, comovente, e acima de tudo original do 'enfant terrible' canadense Xavier Dolan".

Blog do Bonequinho: "A julgar pelos aplausos da plateia de jornalistas, este parece ser o filme mais coeso do jovem realizador que, cinco anos atrás, exibiu “Eu matei minha mãe” na Quinzena dos Realizadores, uma das mostras paralelas de Cannes."

Adoro Cinema: "Com um elenco afiadíssimo, especialmente Anne Dorval e Antoine-Olivier Pilon, intérpretes de mãe e filho, Mommy surpreende principalmente pelo belíssimo trabalho conceitual de Xavier Dolan na direção - ele assina também o roteiro, a produção, a edição e, ufa!, o figurino. Brincando com os vários formatos de tela, Dolan demonstra ter pleno controle da história e do modo que deseja contá-la, inserindo poesia em uma realidade por vezes tão dura."

Luiz Carlos Merten: "Com Mommy, Dolan chega à competição. (...) Tudo conspira contra Mommy. Os personagens gritam, não falam, um quebecois que soa como piano desafinado no ouvido da gente. O formato é menos que quadrado, como se Dolan quisesse abrir uma fresta, não uma janela, para olhar esses personagens, e as legendas pareciam escritas com metade do corpo normal. A despeito de tudo isso, Xavier Dolan fez um belo filme – o melhor que já vi dele. "



SESSÃO ESPECIAL
INCOMPRESA
(Itália/França, 114 minutos)


O que é: primeira participação da excêntrica Asia Argentino em Cannes, num filme protagonizado por Charlotte Gainsbourg. Conta a história de Aria, uma garotinha de nove anos, que vive a separação violenta dos pais.

Como a crítica reagiu:

The Hollywood Reporter: "Argento parece ter aprendido com a experiência de seus primeiros filmes, ou talvez com a própria vida, de que existe mais do que uma infância gótica".







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THE SEARCH
 (França/Geórgia, 149 minutos)

O que é: novo filme do diretor Michel Hazanavicious, que ganhou o Oscar com O ARTISTA. O filme é uma versão do drama de guerra de “Perdidos na Tormenta”, de 1948, de Fred Zinnemann, e novamente conta com Berenice Bejo no elenco.

Como a crítica reagiu:

The Guardian: "The Search é um filme feito com sinceridade e compromisso, uma rejeição ao horror da guerra. Mas também é puro sentimentalismo".

Awards Daily: "A platéia francesa aqui em Cannes vaiou ao final de The Search - provavelmente por causa dos truques do enredo e pela emoção pesada e o sentimentalismo da história. Para Charlie Chaplin, Buster Keaton e Woody Allen seria permitido, mas Hazanavicius está sendo crucificado".

Blog do Bonequinho: "Novo filme do diretor de 'O artista' é vaiado em Cannes".

UOL Cinema: "The Search", um filme de guerra apresentado hoje em Cannes, mostra que ele escolheu mal. O filme recebeu alguns poucos aplausos e muitas vaias na sessão de imprensa. É talvez o filme mais fraco da competição do festival até agora."




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ADIEU AU LANGAGE
(França, 70 minutos)

O que é: sem um roteiro formal, o novo filme de Jean-Luc Godard é uma aposta no cinema de planos fugidios e trilha sonora, embasados com a tecnologia 3D, uma novidade na carreira do diretor. 

Como a crítica reagiu:

The Hollywood Reporter: "Escrito, dirigido e editado por Jean-Luc Godard, o drama francês fragmentado explora a dinâmica de um relacionamento através da tecnologia 3D."

Irish Times: "Jean-Luc Godard está de volta com o uso mais marcante de 3D da história do cinema".

Adoro Cinema: "Assim como em seus últimos longa-metragens, Godard mais uma vez investe na colagem de cenas, sons e cores seguindo uma proposta particular, nem sempre bem definida para o espectador, que se aproxima da videoarte. Entretanto, desta vez o veterano diretor apresenta como novidade o uso da tecnologia 3D. Só que, mais do que simplesmente explorá-lo na questão da profundidade, como fazem praticamente todos os demais filmes no formato, Godard ousou ao executá-lo na própria linguagem cinematográfica."




SESSÃO ESPECIAL
L'HOMME QU'ON AIMAIT TROP
(França, 116 minutos)


O que é: novo filme do diretor francês André Techiné, com Catherine Deneuve e Guillaume Canet. Conta a história real acontecida na França durante a década de 70, em que uma jovem foi dada como desaparecida sem ter o crime esclarecido e trinta anos depois a mãe tenta investigar.

Como a crítica reagiu:

The Hollywood Reporter: "O último filme de Techiné, baseado em um caso de tablóide sensacionalista, The Girl on a Train , era ilusório e sedutor. Este é apenas inerte."

Le Figaro: "O filme é um retrato impressionante de uma mulher, e talvez um dos mais bonitos que vi no cinema por um bom tempo".

Luiz Carlos Merten: "O novo Techiné, L’Homme qu’On Aimait Trop, baseia-se num caso criminal famoso na França. A herdeira de uma rica família da Cote d`Azur – a mãe era dona de cassino – desapareceu misteriosamente. O corpo nunca foi encontrado e a mãe, 30 anos depois do affair, conseguiu levar o ex-companheiro da filha, que havia sido seu advogado, ao tribunal (...) o horror, o horror, mas certamente não um grande filme, menos ainda o filme que se poderia esperar de Techiné."





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FUTATSUME NO MADO
 (Japão/Espanha/França, 118 minutos)

O que é: novo longa-metragem da diretora japonesa Naomi Kawase, que já ganhou um Camera D'Or e um Grande Prêmio do Júri em edições anteriores do Festival. O filme se passa na remota ilha de Amami e através do romance entre os adolescentes Kaito e Kyoko, fala de  sentimentos muito próprios dos personagens, como o apego ao local, a tradição e a família.

Como a crítica reagiu:

The Guardian: "O filme de Kawase é muito belo e comovente, mas às vezes também soa um pouco artificial e auto-consciente. (...) Apesar disso, tem certo idealismo e tranquilidade, características de Kawase que são valiosas ao cinema."

Indiewire: "O filme de Naomi Kawase é um espetáculo para os sentidos".

Luiz Carlos Merten: "Habemus Palmam. Já estamos na madrugada de terça-feira, aqui na França. É o sétimo dia do festival, que começou na quarta-feira passada. Tivemos bons e até grandes filmes premiáveis, como Winter Sleep, de Nuri Bilge Ceylan; Timbuktu, de Abderrahmane Sissako; e o Foxcatcher, de Bennett Miller. Mas algo se passou agora à noite, quando ocorreu a sessão de imprensa de Ainda a Água, Still the Water, de Naomi Kawase."




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DEUX JOURS, UNE NUIT
(Bélgica/França/Itália, 95 minutos)

O que é: novo filme dos irmãos belga Jean-Pierre e Luc Dardenne, que já venceram a Palma de Ouro na edição de 1999, com ROSETTA, e 2005, com A CRIANÇA.O filme acompanha a vida da operária Sandra (papel de Marion Cottillard), que para manter seu trabalho em uma fábrica precisa convencer os colegas a desistir de um bônus coletivo. 

Como a crítica reagiu:

The Guardian 1: "Um novo dia, um novo filme favorito à Palma de Ouro: a fábula sobre direitos trabalhistas dos irmãos Dardenne parece derrubar a concorrência e garantir a terceira Palma para os diretores, enquanto Marion Cotillard deve disputar como melhor atriz do Festival".

The Guardian 2: "A situação dramática e tensa em um sutil e magnífico desempenho de Marion Cotillard faz do novo e excepcional trabalho dos irmãos Dardenne um filme apaixonado, emocionante e comovente - um "Doze Homens e Uma Sentença" do século XIX."

Luiz Carlos Merten: "Embolou! Depois do deslumbrante filme de Naomi Kawase, na noite de ontem, os irmaos Dardenne voltaram agora pela manhã com um de seus melhores filmes. Esqueça Lorna, o próprio garoto da bicicleta. Pode até ser que Deux Jours, Une Nuit não tire a Palma de Ainda a Agua, mas Marion Cotillard passa a reinar sozinha como melhor atriz. Essa mulher não existe – sexy, glamourosa, depressiva, despenteada, pobretona, ela é sempre super."




MOSTRA 'UN CERTAIN REGARD'
LOST RIVER
(EUA, 114 minutos)

O que é: a estreia do ator Ryan Gosling na cadeira de diretor aposta em uma trama surreal que conta a história de uma mãe solteira de dois garotos, que é arrastada para um submundo macabro e fantasioso, enquanto o filho mais novo descobre um caminho secreto para uma cidade submarina escondida. Com Eva Mendes e Saoirse Ronan no elenco.

Como a crítica reagiu:

Huffington Post: "A estreia de Ryan Gosling como diretor, LOST RIVER, divide a crítica".

UOL Cinema: "Gosling tenta brincar de David Lynch e criar um universo estranho cujo resultado é uma grande mistura, sem força narrativa ou estética."

Screen Daily: "Há bons momentos em LOST RIVER - principalmente metáforas visuais e boa fotografia - mas o filme acaba falhando mesmo com as boas intenções de Ryan Gosling."




MOSTRA 'UN CERTAIN REGARD'
THE SALT OF THE EARTH
(França, 109 minutos)

O que é: documentário dirigido pelo cineasta alemão Wim Wenders, em co-direção com o brasileiro Juliano Ribeiro Salgado, sobre o trabalho do fotógrafo Sebastião Salgado

Como a crítica reagiu:

Reppublica.it: "Em Cannes, a beleza de Salgado segundo Wenders."

Cineblog: Depois de documentar a batida ao ritmo de Cuba em BUENA VISTA SOCIAL CLUB e do teatro de dança da grande coreógrafa alemã Pina Bausch em PINA, Wim Wenders agora leva para a tela grande a poesia de um dos grandes intérpretes do mundo, o universo explorado e fotografado por Sebastião Salgado."





SESSÃO ESPECIAL
GUI LAI (COMING HOME)
(China, 114 minutos)

O que é: novo filme do diretor chinês Zhang Yimou (de "Herói" e "O Clã das Adagas Voadoras"), mostra a relação entre 
Lu Yanshi, prisioneiro político, libertado no fim da Revolução Cultural, que ao voltar para casa descobre que a mulher (Gong Li) sofre de amnésia.

Como a crítica reagiu:

The Hollywood Reporter: "Com seu novo filme, o diretor Zhang Yimou volta à sua zona de conforto".

The Guardian: "O novo filme de Zhang Yimou olha para a Revolução Cultural chinesa com mais tristeza que raiva, uma tentativa do país fazer as pazes com o seu passado".

Luiz Carlos Merten: "Depois do belo filme dos irmãos Dardenne, assisti ao reencontro de Zhang Yimou com Gong Li. O filme chama-se Gui Lai/Coming Home, e é sobre as vitimas da Revolução Cultural. (...)  Num festival com tantos filmes de gênero, e tantos westerns, Zhang Yimou recupera o melodrama. Seu filme poderia ter sido feito por Douglas Sirk."






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MAPS TO THE STARS
 (Canadá/Alemanha, 114 minutos)

O que é: com o retrato de uma família hollywoodiana rica e cheia de problemas, o novo filme de David Cronenberg  examina a meca do cinema sob um olhar obcecado pelo dinheiro e por celebridades. No elenco estão Robert PattinsonJulianne MooreMia Wasikowska e John Cusak.

Como a crítica reagiu:

The Telegraph: "A sátira de David Cronenberg's sobre Hollywood não é só um pesadelo convincente, pode se tornar sua primeira Palma de Ouro".

The Guardian: "O sonho hollywoodiano se torna um brilhante pesadelo de David Cronenberg".

Kléber Mendonça Filho: " É um filme eletrizante sobre Los Angeles, Hollywood, e tudo numa escala pequena. (...) Uma cena cruel com Wasikowska no studio lot da Universal tem a mesma qualidade de ironia sobre realidade, cinema e sonho que algum dos delírios de Norma Desmond no studio lot da Paramount, em Sunset Boulevard.

Awards Daily: "O melhor filme de David Cronenberg em uma década".




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FOXCATCHER
(EUA, 134 minutos)

O que é: em "Foxcatcher", o diretor americano Benett Miller conta a história real de John Du Pont (Steve Carell) , um milionário americano que constrói um centro de treinamento esportivo na propriedade da família, local em que dois campeões olímpicos - Mark Schultz (Channing Tatum) e seu irmão Dave (Mark Ruffalo) - ficaram se preparando para os Olimpíadas de Seul, em 1988, onde um deles acabou assassinado.

Como a crítica reagiu:

Variety: "Steve Carell, Mark Ruffalo e Channing Tatum tem excelentes atuações no poderoso e perturbador filme de Bennett Miller."

The Guardian: "É um filme emocionante: horrível, assustador e desesperadamente triste."

Awards Daily: "Com seu terceiro filme, Foxcather, Bennett Miller mergulha ainda mais profundamente na psique coletiva americana com este retrato de um crime não solucionado".

Adoro Cinema: "Bastante aplaudido ao término da sessão, Foxcatcher já colhe críticas positivas nos corredores do festival e também na internet. Ao menos por enquanto, parece ser ele o filme a ser batido na disputa pela Palma de Ouro."


Luiz Carlos Merten: "Cannes abriu a temporada do Oscar 2015. Duvido muito que Foxcatcher, de Bennett Miller, não esteja entre os indicados no ano que vem. Miller filma com o pé na realidade e, depois de Capote, que deu o Oscar para Philip Seymour Hoffman, ele conta a história do milionário John Du Pont, que formou uma equipe de lutadores para a Olimpíada de Seul e matou a tiros o irmão do astro de sua delegação. Du Pont é um dos personagens mais sinistros que Hollywood colocou na tela ultimamente. "




SESSÕES ESPECIAIS
EL ARDOR
(Argentina/México/Brasil/França/EUA, 100 minutos)

O que é: um western contemporâneo passado na floresta tropical argentina, dirigido por Pablo Fendrik, com Gael García Bernal e Alice Braga no elenco.

Como a crítica reagiu:

ScreenDaily: "Pablo Fendrik faz de seu terceiro longa um faroeste clássico com a ação transposta do Velho Oeste americano para a exuberante floresta tropical que rodeia o rio Paraná, na Argentina".

The Hollywood Reporter: "Gael García Bernal (também produtor), Alice Braga e o resto do elenco dão ao filme uma intensidade silenciosa com seus desempenhos, que eles realizam com convicção".




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THE HOMESMAN
 (EUA, 122 minutos)

O que é: novo filme dirigido por Tommy Lee Jones, que em 2005 apresentou em CANNES seu TRÊS ENTERROS. Novamente ele volta ao gênero do Western, situando sua história em meados do século XIX, mostrando a fuga de três mulheres que enlouqueceram e precisam ir de uma ponta à outra do oeste americano, guiados por uma fazendeira (Hilary Swank) e um fora-da-lei (o próprio Tommy Lee Jones).

Como a crítica reagiu:

The Hollywood Reporter: "Como fez em Três Enterros, Jones novamente olha para a vida no oeste americano a partir de um ângulo não comum, desta vez examinando duas pessoas solitárias vivendo em um território pouco habitado e de maneiras muito diferentes."

Variety: "Como em DESAPARECIDAS, o ator Tommy Lee Jones repete o papel de suporte a uma grande mulher em um Western".

UOL Cinema: "Com THE HOMESMAN, o espectador se sente primeiramente num gênero familiar, com imagens fabulosas de paisagens do Oeste, onde o horizonte traça uma linha infinita entre céus que mudam e terras áridas. O mesmo vale para a singular tripulação que atravessa de carroça estes vastos caminhos, cruzando ao longo da viagem com uma humanidade pouco gloriosa."




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LE MERAVIGLIE
(Itália, 1110 minutos)

O que é: primeiro filme da diretora italiana Alice Rohrwacher apresentado na competição oficial em Cannes. Mostra a história de uma garotinha, Gelsomina, que vive numa aldeia na Úmbria com pais e irmãs, onde produzem mel e mantém-se voluntariamente afastadas do mundo pelo pai, que acredita que o fim do mundo está próximo e defende uma vida mais perto da natureza.

Como a crítica reagiu:

The Guardian: "Um divertido e afeiçoado filme, mas não é nenhuma maravilha".

Screen Daily: "LE MERAVIGLIE prova que a estreia da diretora Alice Rohrwacher, CORPO CELESTE, não foi fogo de palha. O filme capta algo profundo sobre a passagem para a vida adulta (...) ancorado por um elenco excelente, (...) este filme coloca Rohrwacher firmemente no cânone de diretores italianos para se acompanhar, uma década depois do surgimento de Paolo Sorrentino e Matteo Garrone."

Spoiler Movies: "E assim, três anos depois de CORPO CELESTE, a diretora Alice Rohrwacher se inclina novamente sobre as fraturas morais e ideológicas de uma pequena comunidade. Uma crônica delicada e sensível, sem qualquer problema palpável, claro, apenas a tensão que está na base dessa relação entre pai, esposa e filhas, todos expostos sob a câmera naturalista da cineasta, meio distanciada, meio dissidente, como se o foco fosse apenas essa vida rural, as delicias do campo ou a fantasia enganosa, ao invés de pessoas de carne e osso."




MOSTRA 'UN CERTAIN REGARD'
JAUJA
(México/EUA/Argentina/França/Holanda, 108 minutos)

O que é: o filme apresenta Viggo Mortensen no papel de um capitão do exército do século XIX cuja busca por sua filha desaparecida nos confins da América do Sul se transforma em uma longa jornada existencial.

Como a crítica reagiu:

The Hollywood Reporter: "Enquanto parte do público vai achar que é um filme-cabeça, outros vão sair do cinema mais frustrado. Mas a plateia do filme na mostra Un Certain Regard estava em êxtase e a lista de países que quer distribuir o filme garante que ele vai viajar bastante".

Filmin: "A espera vale a pena: JAUJA é o melhor filme de Lisandro Alonso e, provavelmente, uma das experiências mais belas e cativantes que nós apreciaríamos no Festival de Cannes deste ano".




SESSÕES ESPECIAIS
THE ROVER
(Austrália, 102 minutos)

O que é: segundo longa-metragem do diretor David Michod, de REINO ANIMAL. Um thriller de ação com Guy Pearce interpretando um homem que tem seu carro roubado e ao perseguir um dos assaltante, Robert Pattinson, acaba se misturando à sua quadrilha. 

Como a crítica reagiu:

Indiewire: "THE ROVER mostra que Michod pode trabalhar com outros gêneros e ainda fazer um filme que é inconfundivelmente seu."

Empire Online: "As expectativas eram altas para The Rover, o segundo filme do diretor David Michôd, e este thriller pós-apocalíptico é emocionante, atmosférico e, sim, perturbador".





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SAINT LAURENT
 (França, 135 minutos)

O que é: cinebiografia do estilista francês Yves Saint Laurent, morto em 2008, que mudou os rumos da moda européia durante o século XX. Dirigido por Bertrand Bonello, com Gaspard Ulliel, Louis Garrel e Lea Seydoux.

Como a crítica reagiu:

Variety: "A biografia do estilista famoso é consideravelmente menos inovadora do que o seu sujeito humano."

Folha de São Paulo: "Apesar da falta de ousadia estética, SAINT LAURENT é digno do estilista".

Luiz Carlos Merten: "O filme é sobre um homem que ama as mulheres, mas deseja os homens. (...) Bonello mostra um artista que virou sigla e é forçado a entrar no ritmo industrial, mas também um homem que raramente permite que suas pulsões mais selvagens se liberem. Achei o filme bonito, viscontiano – há uma homenagem a Os Deuses Malditos, do grande Luchino -, talvez um pouco longo, mas não me incomodei".




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RELATOS SALVAJES
(Argentina/Espanha, 122 minutos)

O que é: Produzido por Augustín e Pedro Almodovár, o filme argentino do diretor Damian Szifron é segmentando em seis histórias, no qual sobressai o interesse em mostrar personagens no limite de seus comportamentos em sociedade - "o homem em seu instinto animal". O filme conta com o ator Ricardo Darín no elenco.

Como a crítica reagiu:

The Hollywood Reporter: "Relatos Salvajes abre e fecha com um estrondo e no seu melhor é um exorcismo virtuoso, engraçado e catártico das frustrações da vida contemporânea". 

Spoiler Movies: "Um videoclipe de histórias ácidas e surreais é o que nos propõe o argentino Damian Szifron em seus “relatos selvagens”: A sodomia de vários episódios, todos de pessoas em extrema vulnerabilidade, sempre na fronteira entre a razão e a barbárie, que pode chocar, que pode alucinar, diante do ritmo infernal, do crash cinematográfico, do senso de desastre, é um flerte, senão UM TOQUE DE PECADO".

Luiz Carlos Merten: "Não uma história, mas diversas histórias, um filme em esquetes, todos realizados pelo mesmo diretor. O cinema argentino entra na comédia num registro muito autoral e bastante distinto dos sucessos de público do cinema brasileiro. Histórias de horror. Um avião que cai, dois motoristas que se matam numa estrada, um técnico em explosivos que se cansa da burocracia e quer mandar tudo para os ares, um pai que busca bode expiatório para o acidente provocado pelo filho e, por fim, a tragédia de um casamento, quando a noiva descobre que o agora marido a traía com uma convidada. Relatos realmente selvagens, mas o horror, filtrado pelo humor, produz um resultado insólito e salutar.; Esses argentinos não cessam de surpreender. E Ricardo Darín, claro, está no elenco."




MOSTRA 'UN CERTAIN REGARD'
THE DISAPPEARENCE OF ELEANOR RIGBY
(EUA, 190 minutos)

O que é: estreia do diretor Ned Benson em longas-metragens, fala  narra a história de Eleanor e Connor, um casal de namorados que vê o seu romance afetado por um golpe do destino. Com Jessica Chastain e James McAvoy. No mercado exibidor, o filme será dividido em duas partes: "Ele" e "Ela".

Como a crítica reagiu:

Awards Daily: Os melhores filmes de "comédia-romântica" jamais receberam esse rótulo. Noivo Neurótico Noiva Nervosa, Se Meu Apartamento Falasse, Aconteceu Naquela Noite, Núpcias de um Escândalo... e agora, esse sublime THE DISAPPEARENCE OF ELEANOR RIGBY.

Variety: "Uma investigação curiosa de um relacionamento, visto através do olhar do homem e da mulher, incluindo performances estelares de Jessica Chastain e James McAvoy".





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THE CAPTIVE
 (Canadá, 112 minutos)

O que é: filme do diretor canadense Atom Egoyan, escrito em parceria com David Fraser, parte do sequestro da filha do personagem vivido por Ryan Reynolds em um dia comum, numa lanchonete, para analisar o fim da relação entre os envolvidos no incidente.

Como a crítica reagiu:

Indiewire: "Com 'The Captive', Atom Egoyan perdeu o caminho do bom cinema?"

Awards Daily: "Às vezes filmes não funcionam e nem mesmo uma nova montagem na mesa de edição poderia salvá-lo. Uma vergonha".

UOL Filmes: "Nesta sexta foi a vez de 'The Captive', um thriller sobre sequestro de crianças e pedofilia estrelado por Ryan Reynolds, ter uma recepção gelada e receber até algumas vaias na sessão de imprensa."




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WINTER SLEEP
(Turquia/França/Alemanha, 196 minutos)

O que é: vencedor de dois Grandes Prêmios e um Prêmio de Direção em edições anteriores do Festival, Nuri Bilge Ceylan apresenta seu sétimo filme, com três horas e dezessete minutos de duração. A ação se passa num hotel no coração da Turquia, onde um ator, seu irmão e sua mulher vêem o inverno chegar. À medida que a neve cobre a planície da Anatólia, os protagonistas se isolam e afastam.

Como a crítica reagiu:

Indiewire: "O filme de Ceylan é um monólogo implacável, não deixando espaço para que possamos interpretar ou interagir com o material que ele apresenta."

Luiz Carlos Merten: "Os personagens falam muito, agridem-se, o filme dialoga com Chekhov e Ingmar Bergman, cenas de família, cenas de um casamento. E a luz de inverno é linda. aqueles céus de nuvens cinzentas de que Ceylan possui o segredo, a neve, os interiores iluminados pelo fogo. Gostei muito – mas não é Era Uma Vez na Anatólia."




MOSTRA 'UN CERTAIN REGARD'
LE CHAMBRE BLEUE
(França, 75 minutos)

O que é: Um misto de drama romântico e de investigação, o novo filme do ator-diretor Mathieu Amalric (de TURNÊ), mostra o relacionamento extra-conjugal entre um homem e uma mulher, que se encontram no "quarto azul". No entanto, uma busca policial acaba cruzando o caminho deles.

Como a crítica reagiu:

Variety: "A adaptação do romance de Georges Simenon, dirigida por Mathieu Amalric, homenageia o texto, mas perde a atmosfera."

The Hollywood Reporter: "Se com TURNÉ, Amalric retomava o universo dos dramas dos anos setenta de John Cassavetes e Robert Altman, em THE BLUE ROOM ele se volta para os clássicos noir de Hollywood e a narrativa de Alan Resnais, contando uma história familiar que pode parecer nova."




FORA DE COMPETIÇÃO
COMO TREINAR SEU DRAGÃO 2
(EUA, 102 minutos)

O que é: continuação da animação de 2010, dirigida por Dean DeBlois, baseada na trilogia de livros infanto-juvenis homônima. A história se passa cinco anos após o final da primeira parte, mostrando que a tranquilidade do reino após a paz selada entre vikings e dragões é ameaçada com o surgimento de um dragão misterioso.

Como a crítica reagiu:


Variety: "Mais corajoso do que 'Valente', mais divertido do que 'Frozen' e emocionalmente mais satisfatório do que muitas outras animações".

Telegraph: "A sequência de 'Como Treinar Seu Dragão' não consegue competir com a Disney".

Terra Cinema: "O filme, familiar e de fatura impecável em três dimensões, desenvolve um conto épico que resgata as aventuras de seus protagonistas com uma deliciosa dança de acrobacias aéreas e pinceladas de humor."





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MR. TURNER
 (Inglaterra/França/Alemanha, 149 minutos)

O que é: novo trabalho do diretor inglês Mike Leigh, com Timonty Spall interpretando o pintor também britânico J.M.W, Turner, autor de quase 20.000 telas e mestre da representação das paisagens, que viveu durante os séculos XVIII e XIX, e  foi precursor do movimento impressionistas, iniciado na Europa. 

Como a crítica reagiu:

Variety: "Mike Leigh encena a vida de JMW Turner em um filme biográfico primorosamente detalhado e brilhantemente atuado."

Spoiler Movies: O legado – de Turner, de Leigh – se inclina ao sublime, tecnicamente. Não é nem cativante, tão pouco apaixonante, mas o cineasta, sem qualquer didatismo, ou grande artimanha narrativa, filma o tempo, muito sutil, muito suave, de forma relaxada, até mesmo desbotado. 

Luiz Carlos Merten: "tinha identificado uns 30 assuntos em Mr. Turner e nenhum tema. Talvez exagere, mas até agora, e depois de já ter visto outro filme, estou me perguntando o que Mike Leigh quis dizer com o filme. Ele fala da relação do artista com o pai, com as mulheres, a Academia, os críticos, os colegas, a natureza e tenta iluminar sua relação com a luz (...), mas tudo me pareceu muito disperso."



COMPETIÇÃO OFICIAL
TIMBUKTU
(Mauritânia/França, 96 minutos)

O que é: o filme da Mauritânia dirigido por Abderrahmane Sissako, aborda o dia-a-dia em um vilarejo do deserto africano que vive sob ameaça de terroristas islâmicos, cuja ação é centrada na vida de um pastor, que acidentalmente mata um vizinho.

Como a crítica reagiu:

Variety: Sissako confirma sua posição como um dos verdadeiros humanistas do cinema recente com este drama incrivelmente baleado e profundamente empático.

Spoiler Movies: "Um filme que navega entre o Bem e o Mal, entre as línguas, as culturas, a cidade e o deserto, entre homens e mulheres, entre a justiça do islã e do Jihad, entre o eterno e o efêmero. Uma história complexa e trágica, pontuada por (muitos) silêncios e imagens de calma absoluta. Ainda assim, ao final, você se sente estilhaçado." 


Luiz Carlos Merten: "O africano Abderrahmane Sissako propõe outro jogo sem bola, agora de futebol, para denunciar as jihads em seu país. (...) O festival está começando, mas seria bom se o júri de Jane Campion já colocasse Timbuktu numa reserva. Quem sabe…?





MOSTRA 'UN CERTAIN REGARD'
PARTY GIRL
(França, 95 minutos)

O que é: dirigido em trio (Marie Amachoukeli-BarsacqClaire Burger e Samuel Theis são os diretores), retrata a vida de uma prostituta de meia-idade, que decide abandonar a vida promíscua para retomar o contato com filhos, casar-se e recomeçar a vida.

Como a crítica reagiu:

The Guardian: "Party Girl é um retrato quente e suave de uma mulher de idade avançada, um filme que se propõe a tratar a dor do envelhecimento, o medo de envelhecer sozinha e a percepção de que a 'festa' está quase no fim."

Luiz Carlos Merten: "Party Girl, de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis, conta a história de uma p… – não dá para dizer prostituta, vocês vão entender quando virem o filme – que tem a chance de se casar, adquirir respeitabilidade, reunir os filhos dispersos (...) Achei o filme interessante, bem feito, a atriz é boa, mas saí da Salle Debussy na maior depressão. Angélique não afirma sua liberdade nem rejeita a condição de pequeno-burguesa. Quer ser só essa patética velhusca que assedia rapazes e ainda se acha. Temo parecer reacionário, mas o tema de Party Girl, como o vi, é a alienação, Deus me livre." 







FILME DE ABERTURA
GRACE OF MONACO
(França/EUA, 104 minutos)

O que é: filme do diretor Olivier Dahan (de PIAF - UM HINO AO AMOR) sobre a atriz Grace Kelly (papel de Nicole Kidman). Nas palavras do próprio realizador, "não se trata de uma biografia". Centrado no ano de 1962, mostra Grace dividida entre retomar a carreira em Hollywood (chamada por Alfred Hitchcock para protagonizar seu novo filme, "Marnie") e manter-se em Mônaco ao lado do príncipe Rainier e seus dois filhos, durante uma investida do governo francês em anexar o principado ao país.

Como a crítica reagiu:

The Guardian: "Grace of Monaco: Cannes abre com uma cinebio real pior que DIANA".

Indiewire: "Raramente competente, não intencionalmente hilário (...) deve ser esquecido rapidamente". 

Luiz Carlos Merten: "Grace Kelly, a atriz, encarna sua personagem definitiva, Grace de Mônaco (...) privada de voltar a Hollywood, faz de Mônaco um imenso estúdio. Representa o tempo todo (...). Que Nicole é boa (grande?) atriz, todo mundo sabe, mas Grace é um de seus melhores papeis. O melhor? (...) Não vi uma foto em que o diretor Olivier Dahan aparecesse sorrindo. Não é para menos -o cara está sendo crucificado pelo filme que não fez. Sua Grace é uma livre interpretação do que deve ter sido a vida da estrela de Hollywood convertida em integrante da realeza mais antiga do mundo. Devo estar na contramão de todo o mundo."




O júri da edição 2014 do FESTIVAL DE CANNES, que começa amanhã na França, será presidido pela cineasta neozelandesa Jane Campion, que ganhou a Palma de Ouro em 1993 com O PIANO. Majoritariamente feminino, ainda farão parte da escolha dos melhores que passarão pela Riviera Francesa nas próximas duas semanas: a diretora Sofia Coppola, e as atrizes Carole BouquetLeila Hatami e Jeon Do-yeon; completam o júri oficial os diretores Jia Zhangke e Nicolas Winding Refn e os atores Gael García Bernal e Willem Dafoe.






Olivier DAHAN
GRACE DE MONACO
(filme de abertura)


COMPETIÇÃO OFICIAL:




Olivier ASSAYAS
SILS MARIA
Bertrand BONELLO
SAINT LAURENT
Nuri Bilge CEYLAN
KIS UYKUSU
David CRONENBERG
MAPS TO THE STARS
Jean-Pierre DARDENNE e Luc DARDENNE
DEUX JOURS, UNE NUIT
Xavier DOLAN
MOMMY
Atom EGOYAN
CAPTIVES
Jean-Luc GODARD
ADIEU AU LANGAGE
Michel HAZANAVICIUS
THE SEARCH
Tommy Lee JONES
THE HOMESMAN
Naomi KAWASE
FUTATSUME NO MADO
Mike LEIGH
MR. TURNER
Ken LOACH
JIMMY’S HALL
Bennett MILLER
FOXCATCHER
Alice ROHRWACHER
LE MERAVIGLIE
Abderrahmane SISSAKO
TIMBUKTU
Damian SZIFRON
RELATOS SALVAJES
Andrey ZVYAGINTSEV
LEVIATHAN


UN CERTAIN REGARD:


Marie AMACHOUKELI, Claire BURGER e Samuel THEIS

  PARTY GIRL (1st film)
(filme de abertura)

Lisandro ALONSO
SIN TITULO
Mathieu AMALRIC
LA CHAMBRE BLEUE
Asia ARGENTO
INCOMPRESA
Kanu BEHL
TITLI (1st film)
Ned BENSON
ELEANOR RIGBY
Pascale FERRAN
BIRD PEOPLE
Ryan GOSLING
LOST RIVER (1st film)
Jessica HAUSNER
AMOUR FOU
Rolf de HEER
CHARLIE’S COUNTRY
Andrew HULME
SNOW IN PARADISE (1st film)
July JUNG
DOHEE-YA (1st film)
Panos KOUTRAS
XENIA
Philippe LACÔTE
RUN
Ruben ÖSTLUND
TURIST
Jaime ROSALES
HERMOSA JUVENTUD
WANG Chao
FANTASIA
Wim WENDERS e
 Juliano RIBEIRO SALGADO
THE SALT OF THE EARTH
Keren YEDAYA


HARCHECK MI HEADRO


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