terça-feira, 13 de setembro de 2016


AQUARIUS, dirigido por Kleber Mendonça Filho. Estreou no Brasil em 01 de Setembro de 2016. Também fez parte da seleção oficial de Cannes, em maio, de onde saiu com a terceira melhor média entre os filmes avaliados pela crítica. Sucesso confirmado em tela: o filme entra facilmente no roll dos grandes exemplares brasileiros e o melhor de 2016 até o momento. Sônia Braga brilha como a protagonista Clara, uma sexagenária residente do Ed. Aquarius, local onde sua família nasceu e cresceu e que agora sofre as investidas de uma construtora, que pretende derrubar o prédio e construir um novo edifício - contra as intenções da última moradora do local. Com inteligência e argumentos pungentes, Kleber solidifica um filme (e uma personagem) extremamente politizado, academicista (sem soar pedante), lúcido e corajoso ao problematizar um assunto tão importante. E como as grandes obras de arte de nossa história, AQUARIUS une a grandeza de sua força política à sensibilidade artística: o filme ganha luz ao dar vida às paredes e à mobília, que tornam-se personagens fundamentais às discussões e sentimentos que brotam das sequências exploradas pela câmera de Kleber - a cômoda, que sobrevive à gerações da família de Clara - tem uma importância ímpar à trama e rende uma cena memorável logo no início do filme. Ousaria dizer até que, bem mais do que tratar de um tema social que é pouco aprofundado em discussões cotidianas (quase sempre termina com um "ok, não temos o que fazer a respeito"), o filme busca tratar da solidão através das lembranças, memórias e desejos, que são sua força motriz. Talvez por que, mesmo com todo brado de coragem, sobre à Clara o que falta na maioria das pessoas para comprar esta briga: dinheiro, seja este o mínimo necessário ou aquilo que se almeja ter. O que não falta também em Clara e o que não deveria faltar em qualquer um de nós ao tratar as situações em que somos submetidos diariamente é humanidade e sentido coletivo (inverso à solidão, à individualização), que independe de ideologias e sobrepuja essa discussão material. Ponto alcançado por AQUARIUS.

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Os premiados na seleção oficial de Veneza 2016:


Leão de Ouro de Melhor Filme: Ang Babaeng Humayo, de Lav Diaz
Grande Prêmio do JúriNocturnal Animals, de  Tom Ford
Leão de Prata de Melhor Diretor: Amat Escalante, La Region Salvaje e Andrei Konchalovsky, Paradise
Copa Volpi de Melhor Atriz: Emma Stone, La La Land
Copa Volpi de Melhor Ator: Oscar Martinez, El Ciudadano Ilustre
Melhor Roteiro: Noah Oppenheim, Jackie
Prêmio Especial do JúriThe Bad Batch, de Ana Lily Amirpour
Marcello Mastroianni Award para Melhor Revelação: Paula Beer, Frantz


quarta-feira, 31 de agosto de 2016


Hoje começa na Itália, o 73º Festival de Veneza. A seleção oficial recebe os novos filmes de diretores consagrados (Terrence Malick, Wim Wenders, Emir Kusturica, François Ozon), outros sempre presentes nos últimos anos  (Lav Dias, Amat Escalante, Pablo Larraín, Denis Villeneuve) e títulos que dão start à temporada de premiações do Oscar. 

Os filmes e a programação oficial do Festival estão disponíveis no site oficial.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

QUANDO AS LUZES SE APAGAM, dirigido por David F. Sandberg. Estreou no Brasil em 18 de Agosto de 2016. O curta-metragem de pouco mais de um minuto de duração já tinha sido sucesso anos atrás, divulgado maciçamente na internet após a exibição no Who's There Film Challenge 2013, um festival de curtas para o gênero de suspense e terror. A ideia central - de fantasmas e assombrações que aparecem somente quando as luzes se apagam - foi levada à risca para o longa-metragem, que não faz feio: assusta e muito. O roteirista não pensou muito para construir a história (facinha, já bastante explorada pelo cinema) do fantasma que assombra uma família, causando tensões e mortes bruscas; mas o diretor abusa das ótimas sacadas com luz e escuridão para construir sua narrativa. Como o tal fantasma maligno não aparece em meio à claridade (que o filme faz questão de explicar o porquê sem entrar em em muitos detalhes), o diretor explora inúmeras situações possíveis (clarões, fachos de luz, luz negra, luz vermelha, luzes do pisca alerta do carro, velas, luzes temporárias, falta de lâmpadas, sombras em lugares indesejados e por aí vai) e trabalha com o que é essencial para o filme fluir bem: deixar o espectador tenso todo o tempo. Se o frame já surge no escuro, a tensão já está criada. Se a luz está presente, pode ter certeza que muito em breve ela vai se apagar. O fantasma talvez nem apareça, mas quem se importa? O susto já está ali grudado na sua cabeça. E num filme curtinho, de 80 minutos de duração, a tensão de uma sequência praticamente se junta a outra, sem chance pra respirar. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016


As escadas do Cine Jardins, em Vitória-ES.



A despeito do muito que já foi dito sobre A BRUXA (dirigido pelo estreante em longas-metragens Robert Eggers) desde que o filme estreou no Festival de Sundance no ano passado (de que trata-se de um grande filme de terror psicológico que não recorre aos sustos comuns do gênero – como as tomadas bruscas de câmera sobre a trilha sonora densa – e que volta-se a um expectador que procura menos pela leitura fácil e objetiva do filme e mais pelo pensar aquilo que se viu), adiciono o que ficou para mim depois de sair do cinema. O filme realmente ganha ainda mais vida se tratado como um poderoso drama sobre família e religião e menos sobre o efeito suspense/terror que necessariamente deve deveria exercer sobre o expectador. O subtexto do clã que é obrigado a abandonar sua comunidade – fechada e presa a fortes preceitos religiosos (!) – por semear em seu núcleo princípios ultra-religiosos (!!), encontra na alegórica figura da bruxa que intercepta seus caminhos após fixarem-se nas proximidades de uma floresta absurdamente cinza e fria, a dissolução de seus cânones patriarcais, brevemente sintetizado pela observação de seus quatro principais personagens:

- O pai: a derrocada de seu posicionamento patriarcal é visto em diversas situações, mais fortemente ilustradas através das atividades que ele mal consegue executar, como a subsistência de sua prole – ele sequer consegue caçar um coelho sem ferir-se; sua função é substituída pelo uso da força bruta no corte lenha (na qual ele sucumbe).

- A mãe: a lógica patriarcal da submissão ao marido é quebrada ao condicionar à filha mais velha as atividades nas quais a ela obrigatoriamente pertenceriam, como cuidar das roupas do marido (inclusive despi-lo para lavar as vestes no riacho) ou transferir os cuidados com seus filhos (a culpa por não fazê-lo pessoalmente virá, primeiramente, com o sumiço do filho caçula, ainda bebê).

- O filho: o desejo sexual reprimido pela religiosidade vai encontrar efeitos mais reflexivos com a puberdade que se inicia e o interesse pela irmã mais velha, que ele próprio não acredita estar acontecendo; em seu desfecho, torna-se objeto de fixação pela mãe e de sua morte extrai-se a representação do clímax do sexo – o orgasmo (proibido).

- A filha: a última a deixar o tribunal da comunidade de onde o clã foi expulso – é puxada pelo irmão, como se fosse obrigada a seguir por um caminho que não quer -  Thomasin é a amarra que une as deturpadas formas de relacionamento entre seus familiares. Sua cena final ressoa o forte desejo de liberdade daquilo que o pai impôs à família.

sexta-feira, 29 de julho de 2016



Charlotte, a personagem de Scarlett Johansson, chegando em Tóquio em cena de Encontros e Desencontros, de 2003.


quinta-feira, 28 de julho de 2016

DOIS CARAS LEGAIS, dirigido por Shane Black. Estreou nos cinemas do Brasil em 21/07/2016 e passou no último Festival de Cannes, em maio, de onde saiu bem elogiado - o que, confesso, não entendi. O diretor aposta em um filme de dupla masculina (como já tinha feito em Beijos e Tiros, de onze anos atrás) para atingir especialmente o público masculino que busca comédia e ação. Russell Crowe é o macho truculento que bate para depois perguntar enquanto Ryan Gosling é o macho paspalhão mas espertinho. Os dois são investigadores que estão atrás de um mesmo caso, o desaparecimento de uma atriz pornô no auge da indústria dos anos 70. Um prato cheio para versar sobre brutalidade e sexo (dois clichês adorados pelo público masculino). Mas falta nudez, gente pelada. Falta sangue, nariz quebrado. Sobram boas intenções (que quase nunca vingam) e da relação entre os atores surgem algumas boas piadas.  Mas só.


sábado, 23 de julho de 2016

THOSE PEOPLE, dirigido por Joey Kuhn. Estreou nos EUA em Maio/2016. Se eu tivesse que fazer uma associação deste filme com qualquer outra coisa do mundo, certamente seria a canção "Carter and Cash" do Tor Miller. E acho que não haveria nenhuma outra maneira (ok, certamente hajam outras) para descrever a trama e o sentimento que dela se extrai. Filme (e por que não música?) retratam a história de Charlie e Sebastian, dois jovens amigos de infância que curtem suas juventudes ("and all the while the world") com um festeiro grupo de amigos ("running wild, trying to set myself free"na cidade de Manhattan ("we'll paint the town until it all burns down"). Charlie é um talentoso artista que se apaixona ("caught in a fever that's so pure and true") pelo amigo riquinho e solitário. As antíteses artista x riquinho vão ser exploradas ao máximo ao longo do filme, resultando em sonhos desfeitos - "fleeting dream"- e em um coração partido que nunca desiste - "heartbeat like it never could stop". Sebastian condiciona Charlie às suas vontades ("don't worry girl, I'll always gonna be around"), até que Charlie conhece Tim e percebe (talvez não com tanta clareza) que precisa se afastar pra poder seguir com sua vida adiante ("I walked away, never look back"). Uma daquelas triviais e deliciosas histórias de amor que podem ou não ter um final feliz, abrindo os olhos para o que realmente importa: a vontade de viver o sentimento que existe dentro da gente (como Celine abriu os olhos de Jesse em Antes do Amanhecer - "Se há algum tipo de magia nesse mundo... deve estar na busca de compreender alguém, compartilhar algo. Eu sei, é quase impossível conseguir, mas... quem se importa realmente? A resposta deve estar na busca").

quinta-feira, 21 de julho de 2016


Richard Gere e Julia Roberts em cena de Uma Linda Mulher, dirigido por Garry Marshall em 1990.


AVE, CÉSAR!, dirigido por Joel e Ethan Coen. Estreou nos cinemas do Brasil em Abril/2016. Ao longo dos últimos 30 anos, os irmãos Coen tem realizado algumas das melhores sátiras e filmes de humor negro, recheados de personagens densos e excêntricos, em tramas cujo absurdo empurra as obras em direção à traços de genialidade (Fargo e Queime Depois de Ler são bons exemplos). Há 12 anos eles erraram a mão com Matadores de Velhinha. Agora repetem o erro com seu filme mais recente (a primeira comédia depois de uma sequência de três obras dramáticas). Em uma homenagem ao cinema da década de 50 em Hollywood, o filme retrata o dia-a-dia de um "protetor" das grandes estrelas dos estúdios, que tenta resolver as futilidades que surgem enquanto o astro Baird Whitlock (vivido por George Clooney) é sequestrado por uma facção 'comunista'. O filme abre espaço para a reprodução de esquetes de produções típicas da Era de Ouro de Hollywood, como os musicais aquáticos de Esther Williams e os famosos números de dança de Gene Kelly e Fred Astaire. Alguns se sobressaem, outros beiram o tédio. Destaque para o elenco feminino: as participações de Frances McDormand, Tilda Swinton e Scarlett Johansson são primorosas.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

THE INVITATION, dirigido por Karyn Kusama. Disponível no Netflix. Surpreendente suspense americano, contado por extrema habilidade pela diretora. A história acontece em uma única noite, durante um jantar oferecido pelo casal Eden e David a seus amigos, inclusive ao ex-marido da mulher, o protagonista Will (papel do ator Logan Marshall-Green), na casa em que os dois viveram enquanto casados. Durante o evento, estranhos fatos começam a acontecer, conduzindo a plateia a duas possíveis interpretações dos fatos: um jogo perturbador armado pelos excêntricos anfitriões ou uma alucinação do protagonista (que aparentemente nunca lidou muito bem com a separação). A diretora constrói as situações de modo bastante inquietante e tenso, ainda que sem grandes alardes - possivelmente este o maior mérito do filme. O espectador se vê preso em desvendar aquilo que está vendo e não ocasionalmente se verá mudando a aposta sobre o que acredita estar acontecendo. E quando tiver certeza... bam! Excelente filme, com um final apoteótico.


domingo, 22 de novembro de 2015

A temporada de premiações já está na expectativa do anúncio dos primeiros prêmios e listas de melhores do ano: as previsões já estão lá no Awards Daily, Awards Circuit e Termômetro Oscar.


sábado, 14 de março de 2015

Todo mundo sabe que antes da versão clássica de 1939, O MÁGICO DE OZ (que inclusive fará parte da sexta temporada dos clássicos do Cinemark) teve um curta-metragem produzido em 1910? Curiosos podem deslumbrar a pérola aqui.

quinta-feira, 12 de março de 2015

12 DE MARÇO
ESTREIAS DA SEMANA

DOIS LADOS DO AMOR
GOLPE DUPLO
HAPPY, HAPPY
MORTDECAI - A ARTE DA TRAPAÇA
O AMOR É ESTRANHO
O SÉTIMO FILHO
PARA SEMPRE ALICE
UM JOVEM POETA
MEU NOME É PAULO - O FILME


quinta-feira, 5 de março de 2015

05 DE MARÇO
ESTREIAS DA SEMANA

FORÇA MAIOR
KINGSMAN - SERVIÇO SECRETO
RENASCIDA DO INFERNO
SIMPLESMENTE ACONTECE
118 DIAS
AMOROSA SOLEDAD

CINQUENTA TONS DE CINZA (Fifty Shades of Grey, 2015, de Sam Taylor-Johnson)Na semana em que o congresso brasileiro, um dos mais conservadores (pra não dizer retrógrados) do mundo, aprova uma lei de proteção à mulher, tornando o feminicídio crime hediondo, CINQUENTA TONS DE CINZA atinge a marca dos 5 milhões de espectadores nos cinemas nacionais (depois de catapultar milhares de leitores com o best-seller há cerca de dois anos). A comparação seria esdrúxula se a trama do filme não levantasse a bandeira de um machismo repugnante por trás de uma pseudo proposta de um soft porn fetichista. Christian Grey e Anastasia Steele não vivem um romance que deveria ser motivo de suspiros dentro do cinema, pelo contrário: os personagens que o filme apresenta colocam em posições diametrais uma jovem ingênua e indecisa (clichê maior do imaginário do macho alfa) que se torna isca para um poderoso homem que possui segredos e desejos dos quais ele mesmo parece se envergonhar (que não pode ser dito de forma direta, que ninguém da família sabe, que está trancando dentro de um quarto escuro). O objetivo: contratar a jovem como sua escrava sexual (sim, contratar, de papel passado, com a enganação de ser ‘consensual’ mas cheio de cláusulas e pronomes de tratamento chocantes: submissa e dominador) e garantir de todas as formas o controle de sua posse (invadindo sem convite prévio os locais onde Anastasia tem a liberdade de existir por si só, com os amigos em uma boate ou um final-de-semana com a família; ou ainda comprando-lhe presentes caros). A diretora que se presta a este desprazer, Sam Taylor-Johnson, deveria se envergonhar pela falta de sensatez ao levar adiante as aparentes bizarrices (não li o livro) da autora E.L. James (vejam só, duas mulheres!) quando notícias como esta se tornam cada vez mais frequente. 

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015


A primeira imagem de Eddie Redmayne no papel de Elbe, protagonista de THE DANISH GIRL, direção de Tom Hooper. Outro cheiro de Oscar no ar?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015


Qualquer um dos quatro filmes da filmografia do mexicano Alejandro González Iñárritu, que se iniciou no ano de 2000 com o excelente AMORES BRUTOS, refletem o modus operandi de fazer cinema do diretor. Goste-se ou não, seu trabalho sobrevive de um cinema arrojado que tem na mão pesada sobre a direção o principal modelo de construção da narrativa, quase sempre cíclica e distante do tradicional eixo linear - quem se lembra do fabuloso quebra-cabeça narrativo de 21 GRAMAS?e apoiado em uma sequência de eventos que são consequência de um estrondo de violência física que desarranja os personagens.

Iñárritu repete em seu filme mais recente, BIRDMAN (OU A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), que entrou no Oscar 2015 com nove indicações e saiu de lá gloriado com quatro (melhor filme, diretor, roteiro original e fotografia) o arrojo na construção da cinematografia. Mas é curioso que para amadurecer ainda mais em sua proposta, ele abandone um de seus mais fortes preceitos (a narrativa fragmentada) e desloque o momento mais violento do filme (que deixa de criar caminhos para a trama para passar a ser um ponto de explicação para ela), para fixar a discussão em um profundo nível psicológico, quase onírico. A história é centrada no personagem de Riggan Thomson (interpretado por Michael Keaton), um ator de cinema dono de um único mega sucesso na carreira (o super-herói Birdman), que tenta resgatar a vida profissional com a montagem de uma peça de teatro em Nova York e se depara com uma série de problemas ao seu redor (a perseguição de uma crítica de cinema, a chegada de um novo ator-problema no elenco, a possível gravidez não planejada de sua namorada e uma filha-problema). 

Filmado em um forjado plano-sequência único, a câmera de Iñárritu passeia pelo espaço e o domina nos mais diversos enquadramentos possíveis (um trabalho esplendoroso feito em conjunto com o diretor de fotografia, Emmanuel Lubezki), artifício que funciona como uma "perseguição" ao protagonista, jogando-o em um crescente processo de ruína psicológica - representado pela presença cada vez mais constante do super-herói Birdman em sua mente (não será difícil lembrar de CISNE NEGRO e da trajetória da bailarina Nina durante a exibição do filme). E por ser o perfil psicológico do ator e sua busca pela fama perdida o aspecto que mais circunstancia toda a discussão do filme, o espectador é convidado a entrar nesse caminho ascendente junto ao protagonista - não estranhe o início lento e aparentemente ilógico da trama: faz parte do delicioso e explosivo terço final que justifica todas as escolhas de Iñárritu.

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Para ver: BIRDMAN (OU A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA) (Birdman, Or the Unexpected Virtue of Ignorance, 2014, de Alejandro Gonzáles Iñárritu). Com Michael Keaton, Emma Stone, Zach Galifianakis, Naomi Watts, Edwart Norton, Amy Ryan). 
Cotação:

26 DE FEVEREIRO
ESTREIAS DA SEMANA

A HISTÓRIA DA ETERNIDADE
O DUPLO
SR. KAPLAN
SEM DIREITO A RESGATE
BEM PERTO DE BUENOS AIRES
SUPER PAI
TINKER BELL E O MONSTRO DA TERRA DO NUNCA
VAI-VAI - 80 ANOS NAS RUAS


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

ANTES DE DORMIR (Before I Go To Sleep, 2014, de Rowan Joffe). Segundo filme do diretor Rowan Joffe, filho de Roland Joffé, duas vezes indicado ao Oscar nos anos oitenta. Um suspense dramático que lembra as estruturas do mestre Hitchcock - suspense e surpresa e uma loura platinada desmemoriada como personagem central (Nicole Kidman, bastante confortável no papel). Quanto menos se souber da trama, melhor. Até por que a 'reviravolta' do fim soa bastante previsível. De qualquer modo, o diretor sabe construir os meandros da personagem que todos os dias, ao acordar, não se lembra dos eventos dos últimos dez anos de sua vida. Colin Firth interpreta o marido que tem a árdua tarefa de sustentar a difícil vida da esposa. Com o uso da tecnologia (uma câmera que onde grava vídeos diários sobre suas 'descobertas e permite 'retomar' o pensamento de onde parou no dia anterior) a personagem irá descobrir o que aconteceu no dia em que sofreu o acidente que a levou Pa perda de memória recente. Passatempo bastante razoável, com uma fotografia bonita e uma duração motivadora: uma hora e meia.